O USO DE ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA |
Pessoal! Tendo em vista os acontecimentos recentes na Síria com o uso de armas químicas, achei bacana fazer um post sobre essas armas, sua composição e seus efeitos. Acredito ser este um tema bacana para o ENEM e que se insere de forma estratégica nos assuntos referentes à atualidades. |
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Há relatos do uso de armas químicas desde a Antiguidade. Os gregos usaram flechas envenenadas em suas guerras há mais de 2 mil anos. Mas foi na Primeira Guerra Mundial que as armas químicas foram usadas em larga escala. O cientista alemão Fritz Harber, ganhador do Prêmio Nobel de Química por suas pesquisas sobre a síntese da amônia, propôs, em 1915, o uso de gás cloro contra os inimigos. Sua idéia foi posta em prática na Batalha de Ypres, na Bélgica. Ainda na Primeira Guerra Mundial, o gás mostarda foi usado pelos alemães contra os inimigos e os ingleses e franceses utilizaram gases do sangue. Estima-se que nessa guerra houve mais de 100 mil mortos vítimas de armas químicas. Após a Primeira Guerra Mundial, em 1925, o Protocolo de Genebra procurou limitar o uso de armas químicas, mas elas continuaram a ser utilizadas em vários conflitos do século XX. Na Segunda Guerra Mundial, por exemplo, os nazistas usaram o Zyklon B e o gás cianídrico no extermínio de judeus. Em 1972, a Convenção de Armas Biológicas e Químicas proibiu a produção e estocagem de armas químicas e biológicas no mundo, mas, desde então, houve casos de desrespeito a essa lei, como durante a invasão do Afeganistão pela ex-URSS, na luta dos iraquianos contra os curdos e na Guerra do Golfo. Agente laranja Gás cloro (Cl2) Gás cianídrico (HCN) Gás mostarda (Cl – CH2 – CH2 – S – CH2 – CH2 – Cl) Napalm Sarin |
Fonte: educacional.com
E de que forma tais armas influenciam no equilíbrio Mundial?
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou os serviços de inteligência do país a checarem por conta própria o uso de armas químicas no ataque a uma área de Damasco, na Síria, na quarta-feira (21).
De acordo com Jen Psaki, porta-voz do Departamento de Estado americano, o órgão não pode, neste momento, determinar com certeza se armas químicas foram usadas no ataque.
“O presidente pediu à comunidade de inteligência que reúna urgentemente mais informações para verificar os relatórios de um ataque químico”, disse Psaki, emendando que Obama cobra a permissão de uma inspeção da ONU na Síria.
“Estamos focados a cada minuto de cada dia, desde os acontecimentos de ontem (quarta-feira), para fazer tudo em nosso poder a fim de esclarecer os fatos”, acrescentou Psaki.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o governo sírio deve autorizar “sem atrasos” a inspeção do local pelos agentes da organização que estão no país. Cerca de 1.300 pessoas morreram no suposto ataque com armas químicas perpetrado em vários distritos da periferia de Damasco, conforme denunciou a Coalizão Nacional Síria (CNFROS) em um comunicado.
O comando do Exército sírio negou o ataque e assegurou que as acusações da oposição são “categoricamente falsas”. O presidente sírio, Bashar Assad, não se pronunciou sobre o episódio. A única ação de Assad foi anunciar, via TV estatal, uma reforma ministerial.
Em um comunicado, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, pediu aos inspetores de armas químicas que sigam imediatamente para a região “para constatar a realidade da situação e investigar as circunstâncias do crime”.
LIMITE INACEITÁVEL
Obama está sendo pressionado dentro e fora de seu país para agir de forma incisiva diante das acusações do uso de armas químicas. A Casa Branca se disse “abismada” com os relatos, mas deixou claro que a reação norte-americana irá aguardar a confirmação do fato. A resposta cautelosa condiz com a relutância de Washington em intervir na guerra civil síria, iniciada há dois anos e meio.
Se as acusações de um ataque com gás com centenas de mortos forem confirmadas, Obama certamente enfrentará uma forte pressão para agir mais agressivamente, possivelmente até com a força militar –o próprio Obama já disse que o uso de armas químicas seria um limite inaceitável no conflito.
O consenso em Washington e nas capitais aliadas é de que uma resposta internacional organizada só pode dar certo se tiver os Estados Unidos na liderança. (Com agências internacionais)
Fonte: UOL